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Quem não toma vacina contribui para a propagação de doenças contagiosas

Roberta Manreza Publicado em 06/01/2015, às 00h00 - Atualizado às 10h43

Imagem Quem não toma vacina contribui para a propagação de doenças contagiosas
6 de janeiro de 2015


Blog da Saúde

SUS oferece 17 vacinas contra mais de 20 tipos de doenças (Foto: Sec Saúde PB / Divulgação)

SUS oferece 17 vacinas contra mais de 20 tipos de doenças (Foto: Sec Saúde PB / Divulgação)

O Brasil é referência internacional quando o assunto é imunização contra doenças. O Sistema Único de Saúde garante à população brasileira acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. Ao todo são 17 vacinas contra mais de 20 tipos de doenças, algumas delas já eliminadas do país ou em fase de eliminação, como a paralisia infantil e o sarampo.

Conforme explica a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, existe o risco de reintrodução dessas doenças no país, bem como o aumento da propagação de outras, se as pessoas recusarem a vacinação. “Doenças que já foram graves, que já tiveram milhares de casos, com milhares de óbitos, hoje não são consideradas mais como problema de saúde pública no nosso país. Mas, para isso, é necessário mantermos, não só as crianças vacinadas, mas adolescentes e adultos, não só iniciando, mas também tomando as demais doses, dependendo da vacina ela pode ter uma, duas, três doses mais reforços, porque só quando você tem esse esquema completo é que você está devidamente protegido. Se a gente não tiver a nossa população devidamente vacinada, essas doenças podem voltar a acontecer”, alerta.

Casos de sarampo, por exemplo, surgiram em algumas regiões do Brasil, depois de dez anos sem registro da doença como caso originado no país. De acordo com o Ministério da Saúde, pessoas que vieram do exterior trouxeram a doença para o Brasil. Esses viajantes infectados transmitiram o sarampo para a população local que nao estava devidamente vacinada. No Ceará, por exemplo, a filha da professora, Viviane Dourado, contraiu sarampo em 2013, quando tinha um ano de idade, antes de tomar a primeira dose da vacina contra essa doença. “Ela esteve gripada, bem gripada, aí eu deixei passar a gripe, a febre para poder dar a vacina, só que nas duas semanas em que ela ficou doente, que eu esperei ela melhorar, aí ela contraiu o vírus. Ela ficava num hotelzinho e o filho da dona do hotelzinho também frequentava o hotel e foi ele quem passou pra ela e pra outras crianças”, conta.

Atualmente, o SUS oferece por ano cerca de 300 milhões de doses de vacinas e soros não só contra sarampo e paralisia infantil, mas contra caxumba, catapora, rubéola, febre amarela, tétano, hepatite, HPV, entre outras doenças contagiosas. A coordenadora do Programa de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, reforça que crianças, jovens, adultos e idosos devem seguir rigorosamente o Calendário Nacional de Vacinação. “Nosso grande desafio hoje é realmente trabalhar com adolescente, com adulto, no sentido de demostrar a importância da vacinação, que ela não é só mais uma ação da infância como já foi no passado, que hoje é uma ação de saúde pública que contempla toda a população brasileira; em segundo, que a caderneta de vacinação seja um documento tão relevante quanto outros documentos que nós temos e que ele seja guardado com critério e, a medida que você procura o serviço de saúde, que se leve sempre esse documento como uma forma de acompanhar a saúde da população”, ressalta.

Todas as vacinas oferecidas pelo SUS são distribuídas em 35 mil salas de imunização espalhadas pelo Brasil. A orientação do Ministério da Saúde é que cada vacina seja aplicada assim que se completa a idade recomendada. No caso do sarampo, a vacinação no Ceará foi ampliada, em 2013, para as crianças a partir dos seis meses de idade, devido ao surto da doença que ocorre no estado. Para saber mais sobre as ações do Programa Nacional de Imunizações, acesse:www.saude.gov.br

Fonte: Ana Cláudia Amorim / Web Rádio Saúde

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