Papo de Mãe

Prevenção ao suicídio na infância e adolescência: precisamos falar sobre isso

Considerada uma ferramenta importante de comunicação e fortalecimento de laços sociais durante o isolamento, a interação online de crianças e adolescentes merece atenção especial de pais e responsáveis, especialmente ao uso das mídias virtuais com conteúdo sobre o comportamento autolesivo e suicida.

Roberta Manreza Publicado em 09/09/2020, às 00h00 - Atualizado às 11h20

Imagem Prevenção ao suicídio na infância e adolescência: precisamos falar sobre isso
9 de setembro de 2020


Por o Hospital Pequeno Príncipe, 

Durante a edição do Setembro Amarelo e em tempos de pandemia, Pequeno Príncipe alerta sobre casos registrados e promove live sobre o assunto

Durante a edição do Setembro Amarelo, movimento mundial de prevenção ao suicídio, o Hospital Pequeno Príncipe, referência em atendimentos dessa natureza, alerta para os casos registrados de autoagressão e tentativa de suicídio entre crianças e adolescentes. O contexto da pandemia COVID-19 associado ao isolamento, as incertezas, ao medo de perder entes queridos e a recessão econômica podem tornar vulneráveis crianças, adolescentes e suas famílias. Este cenário tende a suscitar ou agravar o sofrimento e consequentemente os problemas de saúde mental, em especial a depressão e ansiedade, aumentando o risco do comportamento suicida.

No Pequeno Príncipe, de janeiro a agosto desse ano, já foram atendidos 12 casos de tentativa e ideação suicida e autoagressão contra oito casos registrados durante o mesmo período do ano passado, um aumento de 50%, com maiores incidências no mês de abril e agosto.

Considerada uma ferramenta importante de comunicação e fortalecimento de laços sociais durante o isolamento, a interação online de crianças e adolescentes merece atenção especial de pais e responsáveis, especialmente ao uso das mídias virtuais com conteúdo sobre o comportamento autolesivo e suicida. Páginas de Facebook, Instagram, grupos de WhatsApp e outras mídias digitais possibilitam tanto a construção de vínculos, o compartilhamento de experiências e a oferta de apoio, quanto podem contribuir para a normalização de comportamentos autolesivos.

E embora a autoagressão seja frequentemente um comportamento velado, a criança ou o jovem pode dar sinais sutis de que precisa ajuda como:

• Irritação ou agitação excessiva da criança ou adolescente;

• Sentimento de tristeza, baixa autoestima e impotência;

• Tentativas prévias de suicídio;

• Relatos de violência psicológica (humilhação, agressões verbais), física, sexual ou negligência;

• Problemas de saúde mental da criança, do adolescente e/ou de seus familiares, especialmente a depressão e ansiedade;

• Uso de álcool e/ou outras drogas;

• Histórico familiar de suicídio;

• Ambiente familiar hostil;

• Falta de suporte social e sentimentos de isolamento social;

• Sofrimento e inquietações sobre a própria sexualidade;

• Interesse por conteúdos de comportamento suicida ou autolesão em redes sociais virtuais.

Live

Ciente da importância de tratar desse tema, o Pequeno Príncipe promove, nesta quarta-feira (9/9), a partir das 17h, uma live, via perfil institucional do Hospital no Instagram (@hospitalpequenoprincipe). A psicóloga do Serviço de Psicologia da instituição e professora da Faculdades Pequeno Príncipe, Daniela Prestes, vai falar sobre o assunto e responder perguntas do público feitas anteriormente pelas redes sociais. Voltada ao público em geral, a transmissão ao vivo dá continuidade à iniciativa que visa, durante o período de pandemia, atender um dos princípios do Pequeno Príncipe que é a disseminação do conhecimento, além de reforçar seu papel de referência no atendimento pediátrico e na proteção de criança e adolescentes. As lives são realizadas a cada 15 dias e seus conteúdos ficam disponíveis nos destaques do perfil da instituição.



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