Papo de Mãe

Pós-bullying: adaptação em uma nova escola

A adaptação a um novo ambiente, por si só, já é desafio para crianças, mas quando se trata de uma pessoa que já foi vítima de algum processo ligado à agressão física, moral ou psicológica, o processo é ainda mais delicado e, por isso, merece a atenção e acompanhamento dos pais.

Roberta Manreza Publicado em 19/02/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h59

Imagem Pós-bullying: adaptação em uma nova escola
19 de fevereiro de 2018


Por Associação pela Saúde Emocional de Crianças (ASEC),

Buscar um ambiente escolar saudável e manter contato com professores para certificar-se do bem-estar da criança é essencial, afirma especialista

Nesta época do ano, é comum muitos pais se preocuparem em como ajudar o filho a frequentar outra escola após terem sofrido bullying na anterior. A adaptação a um novo ambiente, por si só, já é desafio para crianças, mas quando se trata de uma pessoa que já foi vítima de algum processo ligado à agressão física, moral ou psicológica, o processo é ainda mais delicado e, por isso, merece a atenção e acompanhamento dos pais.

De acordo com Tania Paris, fundadora da Associação pela Saúde Emocional de Crianças (ASEC), se essa mudança ocorreu por causa de bullying, provavelmente o menor estará muito sensível para iniciar novos relacionamentos. “Para ajudá-lo a enfrentar esta fase, é necessário conversar com pessoas-chaves da escola, pedindo seu apoio. No mínimo o coordenador pedagógico e o professor devem ser informados do histórico da criança, em particular de problemas e/ou traumas vivenciados por ela, para que possam ampará-la e compreender eventuais reações de medo e/ou isolamento. Em casa, os pais podem ajudar a reforçar habilidades emocionais e, principalmente, as sociais, como, por exemplo, como apresentar-se a novas crianças para fazer novos amigos”, diz.

Outro ponto é conhecer o cotidiano da escola: verificar se há programas que estimulem o desenvolvimento das competências emocionais das crianças e adolescentes, além de como os educadores tratam o bullying e os demais assuntos relacionados aos comportamentos autodestrutivos. Conversar com os pais que já passaram e superaram esta experiência também é de extrema importância.

“Sanar dúvidas, abastecer-se de informações e manter contato com os orientadores são estratégias positivas para apoiar seu filho. Assim, é possível iniciar uma nova história e fortalecer a saúde mental. Pode ser uma oportunidade da criança ter um aumento de autoestima, ao perceber que superou aquela fase, sentindo-se capaz de enfrentar obstáculos”, comenta.




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