Papo de Mãe

Especialista explica a importância do diagnóstico da Síndrome do Respirador Bucal

Roberta Manreza Publicado em 03/11/2017, às 00h00

Imagem Especialista explica a importância do diagnóstico da Síndrome do Respirador Bucal
3 de novembro de 2017


Por Dr. Ricardo Landini Lutaif Dolci*, otorrinolaringologista

Otorrino faz um alerta aos pais, já que síndrome é comum em crianças de 4 a 11 anos

Se você respira pela boca, atenção! Pois essa condição deve ser avaliada por um otorrinolaringologista, já que ao respirar pela boca de modo crônico, ou seja, habitual, alguns posicionamentos adaptativos para a respiração podem interferir no funcionamento do organismo, como o posicionamento de língua, lábio inferior frouxo, assim como a musculatura facial. Com o tempo, essas adaptações podem levar a alterações da face, que fica mais alongada e estreita, e da oclusão dos dentes de cima com os de baixo, além de modificar as funções das quais a boca participa, como a mastigação e fala.

Segundo o otorrinolaringologista da Clínica Dolci em São Paulo e professor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Dr. Ricardo Landini Lutaif Dolci, a síndrome ocorre pelo estreitamento ou obstrução das vias aéreas que impedem a passagem do ar, fazendo com que o indivíduo respire pela boca. Hipertrofia das amígdalas e adenoides são causas comuns, sendo frequentemente diagnosticadas em crianças entre os 4 e 11 anos de idade.

O especialista explica que, além de todos os malefícios que essa síndrome pode causar no organismo, ainda é preciso ressaltar outros perigos, como a maior possibilidade da pessoa desenvolver gripes, sinusites, faringites, rinites e crises de asma. “A função do nariz é: umidificar, aquecer e filtrar o ar inspirado. Sendo assim, se a respiração acontece pela boca pode ocasionar um maior número de doenças respiratórias”, explica o otorrino.

Abaixo, o especialista citou alguns sintomas que podem indicar a presença da Síndrome do Respirador Bucal:

– Lábios afastados (quando sorri expõe a gengiva/sorriso gengival);

– Comer com pausas para respirar pela boca;

– Alimentação ruim no caso das crianças que, geralmente, não gostam de alimentos sólidos;

– Face mais estreita e alongada;

– Céu da boca alto (palato ogival);

– Ronco e apneia do sono;

“Como estas alterações são progressivas, geralmente nem o paciente ou familiares conseguem identificar, por isso, a importância de ir nas consultas regularmente. O ideal é diagnosticar o respirador bucal o mais precocemente possível”, finaliza o especialista.

*Dr. Ricardo Landini Lutaif Dolci é Sócio da Clínica Dolci – Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética Facial, em São Paulo; Membro Titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologista e Cirurgia Cervico-Facial; Membro da Comissão de Comunicação da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial Professor Instrutor de Ensino do Departamento de Otorrinolaringologia da Santa Casa de São Paulo; Doutorando pela Ohio State University (OSU/USA) e Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Facebook/clinicadolci




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