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Crianças e tecnologia: 10 dicas para os pais na Era Digital

Roberta Manreza Publicado em 21/01/2016, às 00h00 - Atualizado em 22/01/2016, às 08h23

Imagem Crianças e tecnologia: 10 dicas para os pais na Era Digital
21 de janeiro de 2016


Em um mundo onde as crianças estão “crescendo numa vivência digital”, é importante que aprendam os conceitos saudáveis ​​de uso digital e cidadania. Os pais desempenham um papel importante no ensino dessas habilidades.

 Dr. José Luiz Setúbal –  Blog Hospital Sabará

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Aqui estão algumas dicas da Academia Americana de Pediatria (AAP) para ajudar os pais a gerenciar o cenário digital que está explorando com seus filhos baseado no Growing Up Digital: Media Research Symposium, um encontro de especialistas em mídia, pesquisadores e pediatras realizado em 2015 para tratar de novos desenvolvimentos na investigação e meios de comunicação e seu impacto sobre as crianças.

Confira:

  1. Trate a mídia digital como faria com qualquer outro ambiente na vida do seu filho. As mesmas diretrizes parentais aplicam-se em ambientes reais e virtuais. Estabeleça limites; as crianças precisam e esperam por eles. Conheça os amigos de seus filhos, tanto online quanto offline. Saiba quais as plataformas, software, e aplicativos seus filhos estão usando, site que estão visitando na web, e o que que fazem quando estão online.
  2. Estabeleça limites e incentive outras brincadeiras. Uso da tecnologia, como todas as outras atividades, deve ter limites razoáveis. Brinquedos e jogos também estimulam a criatividade. Faça disso uma prioridade diária, especialmente para as crianças menores.
  3. As famílias que jogam juntas também aprendem juntas. A participação da família também é ótima para atividades de mídia eletrônica e incentiva interações sociais, de interligação e de aprendizagem. Jogar um jogo de vídeo com seus filhos pode ser uma boa maneira de demonstrar o desportismo e a etiqueta de jogos. E, você pode introduzir e compartilhar sua própria experiência de vida e perspectivas para a orientação como você joga o jogo.
  4. Seja um bom modelo. Ensine a bondade e boas maneiras online. E, já que as crianças são grandes imitadores, limite o seu uso de mídia também. Na verdade, você estará mais disponível para os seus filhos, se você estiver interagindo, abraçando e brincando com eles ao invés de simplesmente olhando para uma tela.
  5. Saber o valor da comunicação face-a-face. As crianças muito pequenas aprendem melhor por meio de uma comunicação de duas vias. As conversas podem ser face-a-face ou, quando necessário, por videoconferência, com um dos pais ou viajando distante avô. A pesquisa mostrou que “conversa de vai-e-vem” melhora as competências linguísticas muito mais do que “passivo” de escuta ou interação de sentido único com uma tela.
  6. Criar zonas livres de tecnologia. Mantenha as refeições e outros encontros sociais livres de tecnologia. Dispositivos de recarga durante a noite, devem estar fora do quarto de seu filho para ajudar as crianças a evitar a tentação de usá-los quando eles deveriam estar dormindo. Essas mudanças podem incentivar a mais tempo em família, hábitos alimentares mais saudáveis, e um sono melhor – todos eles são primordiais para o bem-estar das crianças.
  7. Não usar a tecnologia como uma chupeta emocional – A mídia pode ser muito eficaz em manter as crianças calmas e tranquilas, mas não deve ser a única maneira de aprender a se acalmar. As crianças precisam ser ensinadas a como identificar e lidar com emoções fortes. Proponha atividades para gerenciar o tédio, ou acalmar por meio da respiração, falando sobre maneiras de resolver o problema, e encontrar outras estratégias para canalizar emoções.
  8. Aplicativos (apps) para crianças. Mais de 80 mil aplicativos são rotulados como educacionais, mas existem poucas pesquisas que demonstrem sua qualidade. Produtos lançados como “interativos” devem exigir mais do que “empurrar e girar”. Consulte organizações como a Common Sense Media para comentários sobre aplicativos apropriados à idade, jogos e programas para guiá-lo em fazer as melhores escolhas para os seus filhos.
  9. É bom para o seu filho adolescente ficar online. Relacionamentos online são parte do desenvolvimento típico adolescente. A mídia social pode apoiar os adolescentes a explorar e descobrir mais sobre si e seu lugar no mundo adulto. Apenas certifique se o adolescente está se comportando adequadamente em ambos os mundos real e online. Muitos adolescentes precisam ser lembrados de que as configurações de privacidade de uma plataforma para tornarem as coisas realmente “privadas” e que imagens, pensamentos e comportamentos adolescentes compartilhados online vão se tornar instantaneamente uma parte da sua vida digital indefinidamente. Mantenha as linhas de comunicação abertas e deixe que eles saibam que você está lá caso tenham dúvidas ou preocupações.
  10. Lembre-se: crianças são crianças. As crianças vão cometer erros usando a mídia. Algumas indiscrições como obullying, ou postagem de imagens de intimidades, podem ser uma bandeira vermelha que aponta para problemas pela frente. Os pais devem dar uma olhada mais de perto no comportamento do seu filho e, se necessário, recorrer a ajuda profissional, incluindo psicólogos ou pediatras.

Mídia e dispositivos digitais são parte integrante do nosso mundo hoje. Os benefícios desses dispositivos, se usados com moderação e de forma adequada, podem ser grandes. Mas, a pesquisa mostrou que o tempo face-a-face com a família, amigos e professores, desempenha um papel fundamental e, ainda mais importante na promoção da aprendizagem das crianças e desenvolvimento saudáveis. Mantenha o face-a-face como prioridade, e não deixe que isso se perca por trás de um fluxo de mídia e tecnologia.

Fonte:  From the American Academy of Pediatrics

Growing Up Digital: Media Research Symposium, um encontro de especialistas em mídia, pesquisadores e pediatras realizada em 2015 para tratar de novos desenvolvimentos na investigação e meios de comunicação e seu impacto sobre as crianças.

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

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