Papo de Mãe

Consumir refrigerante aumenta o risco de diabetes

Roberta Manreza Publicado em 16/03/2016, às 00h00 - Atualizado às 12h35

Imagem Consumir refrigerante aumenta o risco de diabetes
16 de março de 2016


Por Elisa Feres Revista Crescer

refrigerante_crianca (Foto: shutterstock)

Foto: Shutterstock

Dar uma latinha de refrigerante com um sanduíche para seu filho durante o lanche da tarde ou o jantar pode até parecer uma prática inocente, mas não é. Quanto mais os pesquisadores estudam, mais comprovam os altos riscos envolvidos com o consumo de bebidas industrializadas. É o caso de um novo relatório coordenado por cientistas da Imperial College London, universidade britânica, e publicado no jornal Diabetologia. Depois de analisar dados de oito países europeus, eles provaram, mais uma vez, que a ingestão de refrigerantes está ligada, entre outros problemas, ao desenvolvimento de diabetes tipo 2.

Para elaborar o estudo, os profissionais utilizaram dados de uma ampla análise chamada EPIC (European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition), em que mais de 340 mil participantes (incluindo pessoas do Reino Unido, da Alemanha, Dinamarca, Itália, Espanha, Suécia, França e Países Baixos) relataram seus hábitos alimentares e seus problemas de saúde. Ao comparar as informações, chegaram ao seguinte resultado: 336 ml diários de refrigerante, o equivalente a uma lata por dia, são suficientes para aumentar em 22% o risco de desenvolver a doença.

O motivo, segundo eles, é a grande quantidade de açúcar presente nessas bebidas. Quando ingeridas, elas causam picos rápidos de glicose em nosso corpo em que a insulina não consegue ter ação 100% eficiente, gerando a chamada resistência insulínica – que, com o passar do tempo, pode evoluir para a diabetes tipo 2.

“Com o aumento no consumo de refrigerantes na Europa, devemos cada vez mais oferecer mensagens claras sobre os efeitos prejudiciais à saúde que elas têm à população”, disse, em nota, Dora Romaguera, uma das autoras do texto.

O problema, porém, não fica restrito à Europa. De acordo com o Ministério da Saúde, os casos de doenças crônicas não transmissíveis têm crescido a cada ano também por aqui. Entre 1999 e 2001, por exemplo, 9,3% dos custos hospitalares nacionais foram atribuídos a diabetes. Por isso, é imprescindível que você cuide bem da sua alimentação e também da do seu filho. Mesmo com a grande variedade de bebidas industrializadas presentes no mercado, o ideal é priorizar as opções naturais.

Outros perigos

Além dos refrigerantes, existem outras bebidas que devem ser ingeridas com cautela por essas mesmas razões. De acordo com a nutricionista Natália Dourado, coordenadora da Gluten Free São Paulo e da Expo Brasil de Alimentos Funcionais, qualquer tipo de bebida industrializada adoçada artificialmente, como os sucos de caixinha, apresenta riscos à nossa saúde.

“E não podemos esquecer as bebidas dietéticas. Isso porque as pessoas se sentem mais ‘livres’ para se alimentar de acordo com as suas vontades somente pelo fato de terem reduzido calorias em um ou mais copo de refrigerante. A indústria deste tipo de alimento/bebida fatura milhões enquanto a população continua se tornando obesa, hipertensa e diabética”, afirmou.

“A água deve ser sempre a primeira opção. Outra excelente alternativa é a água de coco natural, que oferece diversos minerais e vitaminas, sendo um importante repositor eletrolítico. Além, é claro, dos sucos naturais preparados em casa, que são livres de corantes e conservantes e possuem a dose certa de açúcar natural da fruta”, disse a nutricionista.

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