Papo de Mãe

Assintomática na maioria dos casos, toxoplasmose representa risco para o feto

Roberta Manreza Publicado em 08/04/2015, às 00h00 - Atualizado às 10h43

Imagem Assintomática na maioria dos casos, toxoplasmose representa risco para o feto
8 de abril de 2015


Por Portal EBC  Fonte:Canal Saúde

Transmitida pelas fezes contaminadas do gato, na maioria das vezes, a toxoplasmose não provoca sintomas. Tanto que, em 80% a 90% dos casos, os infectados nem sabem que têm ou tiveram a doença. Porém, em alguns momentos, a doença pode representar grande risco como no caso da infecção de mãe para feto.

“Se a grávida pegar a toxiplasmose pouco antes de engravidar, ou durante a gravidez, ela pode passar a doença para o bebê. No primeiro trimestre da gravidez, o bebê é muito bem protegido, então a chance de pegar é pequena, cerca de 10%. Mas, se pegar, a chance de aborto é muito grande. No segundo trimestre, a chance de passar para o bebê já é 30%, mas a chance de lesão grave é menor, chega a 2%. No terceiro trimestre, as chances de passar para o bebê são de 60%, mas as lesões são muito menos importantes”, explica a infectologista do Departamento de Pesquisa do Hospital Federal dos Servidores do Estado, Jacqueline Menezes.

Ainda de acordo com a especialista, as três formas de contágio da toxoplasmose são: contato direto com as fezes de gatos, ingestão de hortaliças ou carnes mal passadas contaminadas e ingestão de água contaminada. Os sintomas da doença são parecidos com os da dengue: febre, mal estar, dor no corpo, dore de cabeça e ínguas no pescoço.

Para quem tem gato em casa, principalmente gestantes, o infectologista Rodrigo Caldas Menezes sugere os seguinte cuidados:

– oferecer ração e água filtrada (ou fervida) para os bichinhos. Caso queira oferecer carne, certifique-se de que ela está bem cozida;

– sempre usar a caixa de areia e limpá-la diariamente. Grávidas e pessoas com problemas de baixa imunidade não devem fazer esta limpeza. Em caso de necessidade absoluta, devem usar luvas;

– evitar que o gato saia do domicílio para caçar;

– realizar a castração do animal, o que causa um efeito comportamental, diminuindo a saída deles à rua.

Entenda mais sobre o assunto no vídeo do programa Ligado em Saúde, do Canal Saúde:




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