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A carga viral de Covid-19 em crianças e o grau de transmissão

Crianças apresentam menor carga viral de Covid-19 e baixo grau de transmissão, segundo a pediatra Andreza Juliani Gilio

Redação Papo de Mãe Publicado em 23/04/2021, às 00h00

Especialista comenta o retorno às aulas e explica sobre possíveis complicações e formas de prevenção da doença
Especialista comenta o retorno às aulas e explica sobre possíveis complicações e formas de prevenção da doença

Com a gradual volta às aulas, muitos pais têm se preocupado com a situação dos filhos em ambiente escolar durante a pandemia. Segundo a pediatra Dra. Andreza Juliani Gilio, as crianças não são mais consideradas veículos de transmissão como eram no começo, embora alguns cuidados ainda sejam necessários.

Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) apontou que, em 2021, houve queda em hospitalizações (de 0,62 para 0,39%) e menor proporção de mortes e taxa de letalidade (de 8,2 para 5,8%) nas crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, quando comparado ao cenário em 2020.

De acordo com a pediatra, as complicações pelo coronavírus nessa faixa etária são muito raras, prevalecendo quadros assintomáticos ou com sintomas leves.

“Os casos graves são causados pela síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica e podem surgir cerca de 15 dias após a infecção, quando o paciente apresenta três dias ou mais de febre, manchas vermelhas na pele, dores gastrointestinais intensas, falta de ar, dor de cabeça, entre outros sinais característicos da condição”, explica a médica.

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Para a Dra. Andreza, a volta às aulas deve ser feita seguindo todos os protocolos, mantendo o uso de máscaras, lavagem das mãos e distanciamento adequado para que não haja contaminação nas escolas: “As medidas de segurança visam um ambiente seguro, essencial e fundamental para o desenvolvimento da criança”.

Outras recomendações incluem a preferência por ambientes abertos e ventilados, além de especial atenção ao momento em que as crianças retiram as máscaras para se alimentar, quando o distanciamento e o não compartilhamento de objetos ou troca de lanches é fundamental.

“Até o momento, não há registro de aumento de novos casos ou surgimento de novas variantes da Covid-19 em ambiente escolar. Então, desde que sigam os mesmos cuidados que os adultos, o risco de transmissão entre as crianças é muito baixo”, destaca Dra. Andreza.

Dra. Andreza Juliani Gilio é de Araraquara, interior de São Paulo, e tem especialização em Endocrinologia Pediátrica e Pediatria Geral.

Assista ao vídeo sobre Covid-19 em crianças:

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