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Dia Mundial de Combate ao Câncer: Como preservar a fertilidade em casos da doença

De acordo com o último levantamento do Instituto Nacional do Câncer - INCA, o Brasil tem anualmente cerca de 600 mil novos casos de câncer por ano

Fertipraxis* Publicado em 04/02/2021, às 00h00 - Atualizado em 16/02/2021, às 12h05

Especialistas em Reprodução Assistida revelam que o congelamento de óvulos é o melhor caminho para mulheres que vão passar pela quimioterapia ou radioterapia
Especialistas em Reprodução Assistida revelam que o congelamento de óvulos é o melhor caminho para mulheres que vão passar pela quimioterapia ou radioterapia

De acordo com o último levantamento do Instituto Nacional do Câncer – INCA, o Brasil tem anualmente cerca de 600 mil novos casos de câncer por ano. Destes, o tumor na mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, e entre os principais fatores de risco para desenvolvimento da doença estão a idade, a obesidade, histórico familiar e até uma gravidez mais tardia.

Além da cirurgia para remoção do tumor, a quimioterapia, muitas vezes, é necessária para complementar o tratamento. Mas dependendo do tipo de droga utilizada, esta pode afetar a fertilidade. Por isso, as principais Sociedades Médicas recomendam como a melhor opção para mulheres com câncer que desejam ter filhos, o congelamento de óvulos. “As terapias para cura do câncer muitas vezes acabam afetando a reserva de óvulos, o que pode impossibilitar a gravidez da mulher de forma espontânea no futuro. Com o congelamento de óvulos (no caso de mulheres), e espermatozoides (no caso de homens), ou o congelamento dos embriões, é possível se submeter ao tratamento e após as sessões de quimioterapia tentar a gravidez”, ressalta a especialista em reprodução Humana da clínica Fertipraxis, Dr.ª Maria do Carmo Borges.  

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Para o Dr. Marcelo Marinho, também especialista em Reprodução Humana da Fertipraxis, apesar do congelamento de embriões ainda ser apontado como a melhor maneira de atingir o resultado esperado nos ciclos de reprodução assistida pelas sociedades médicas, os resultados de gravidez a partir de óvulos congelados já são equivalentes aqueles apresentados por embriões congelados. “A utilização de embriões descongelados em tentativas subsequentes ainda é o padrão-ouro para a preservação da fertilidade em casos de câncer, de acordo com algumas sociedades médicas. Entretanto, as novas técnicas de congelamento e descongelamento de óvulos já apresentam resultados similares de aproveitamento e sucesso, de modo que, atualmente, já se fala inclusive em definir o congelamento de óvulos como o tratamento padrão para a preservação de fertilidade em mulheres.” 

Por fim, segundo o Dr. Roberto de Azevedo Antunes, especialista em Reprodução Humana da Fertipraxis, é preciso considerar que o congelamento de óvulos evita a ocorrência de questões éticas importantes que surgem a partir do congelamento dos embriões, como por exemplo, a discussão sobre o destino de embriões caso um casal se separe, ou o que fazer com os embriões excedentes quando o casal consegue ter seu filho, entre outros. 

Em última análise, o congelamento de óvulos permite que uma mulher com câncer mantenha sua autonomia reprodutiva. “O congelamento de óvulos segue como tratamento muito bem fundamentado e como recomendação por parte das sociedades europeia e americana para pacientes com baixa reserva que não tenham pretensão de engravidar no curto prazo, diagnóstico de câncer ou risco de perder os ovários”, finaliza o médico.

Congelar óvulos ou embriões?

O embrião se forma quando o óvulo é fertilizado pelo espermatozoide. A técnica de congelamento consiste na utilização de substâncias químicas (crioprotetores) para proteger as células do frio e assim permitir que elas sejam conservadas congeladas. O embrião é formado por várias células, e caso algumas dessas células não sobreviva, ele consegue se corrigir e continuar seu desenvolvimento. A principal diferença é em relação ao descarte. Enquanto os óvulos podem ser descartados livremente, o descarte de embriões envolve questões legais e éticas.  Para se ter embrião, é necessário ter óvulos e espermatozoides. Logo os embriões são de responsabilidade do casal. E qualquer atitude quanto a eles tem de ser autorizada por ambos.  Já os óvulos, são propriedade exclusiva da mulher e ela decide o que fazer com eles. Outra questão importante é que a legislação brasileira impede o descarte de embriões com menos de 03 anos de congelamento, ou seja, o casal tem que arcar com os custos de manutenção do congelamento, ou então, optar pela doação dos embriões que está prevista em lei.

*FERTIPRAXIS Centro de Reprodução Humana – http://www.fertipraxis.com.br
A Clínica FERTIPRAXIS é certificada pela Rede Latino-americana de Reprodução Assistida por cumprir com eficiência as normas de controle de qualidade requeridas para todos os procedimentos. As instalações modernas são equipadas com recursos de alta tecnologia para manipulação e criopreservação de gametas e embriões, garantindo segurança no manuseio das amostras biológicas. Junto à tecnologia, o acolhimento aos pacientes é objetivo primordial.  Os profissionais que atuam na clínica, médicos especialistas, embriologistas,  enfermagem e psicóloga, utilizam as mais avançadas técnicas de reprodução assistida para atender, orientar e tratar da forma mais adequada as pessoas que querem engravidar.

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Assista ao programa do Papo de Mãe sobre fertilidade em mulheres com câncer:

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