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O acolhimento da família quando há uma criança com deficiência

Ao descobrir que um filho tem alguma deficiência, toda família passa por uma série de emoções, como culpa, frustração e medo de lidar com o desconhecido

Mariana Kotscho Publicado em 24/12/2020, às 00h00 - Atualizado em 19/01/2021, às 10h35

Adriana Takano ficou sabendo no exame morfológico do pré-natal que o bebê dela tinha síndrome de down
Adriana Takano ficou sabendo no exame morfológico do pré-natal que o bebê dela tinha síndrome de down

A maneira como essa notícia é comunicada tem um impacto grande, mas muitos profissionais não estão preparados para fazer isso de forma empática e respeitosa. No programa Inclua Mundo “O Momento da Notícia e o Acolhimento”, a jornalista Carla Lopes fala com mães e especialistas sobre como lidar com esses sentimentos e onde buscar ajuda.

A notícia muitas vezes vem ainda durante a gestação, o que pode desestruturar os pais e alguns chegam a se fechar.

Adriana Takano ficou sabendo no exame morfológico do pré-natal que o bebê dela tinha síndrome de down. “Quando saí da clínica eu desabei, chorei muito”. É o sonho do filho idealizado interrompido, explicam os especialistas. Adriana passou por várias fases, teve sentimento de culpa e entrou em depressão. Foi preciso enfrentar o luto de desconstruir o sonho e aceitar a realidade. Ter uma rede de apoio também é fundamental. Pode ser da família, de amigos, de grupos, associações.

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O indicado é que o médico dê a notícia com calma, respeitando o sofrimento  da família, e explique bem a situação. A maneira como uma informação como esta é dada, pode até causar um trauma, é preciso haver empatia entre médicos e pacientes.

Há mulheres que contam, sem querer se identificar, histórias assustadoras, como a de um médico que disse: “Quando tem síndrome de down, eu até torço para a gravidez não ir adiante”.

A psicóloga Regina Sala explica que há famílias que precisam de apoio psicológico para aprender a lidar com a situação: “Eu acho que desistir de uma criança com deficiência, é desistir de si mesma.”

O Instituto Empathiae, por exemplo, oferece todo um acolhimento para estas famílias. E a convivência com pessoas que passam pela mesma situação, também ajuda.

Para Adriana, o filho, que está com 4 anos, “veio como presente e como um aprendizado constante.”

Confira a reportagem completa no vídeo. Inscreva-se para receber nossas notificações. #Inclusão#Acolhimento#Deficiência#SíndromedeDown

Assista ao episódio do Inclua Mundo:

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