Papo de Mãe

Por que meu filho não aprende?

Estima-se que o número de alunos infantis que apresentam distúrbios de aprendizagem passe dos 40%. Com esses dados, o caso, então, requer e muita a atenção dos pais, responsáveis e profissionais que lidam com a criança.

Roberta Manreza Publicado em 24/04/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h16

Imagem Por que meu filho não aprende?
24 de abril de 2018


Por Luciana Brites, psicopedagoga e psicomotricista

Estima-se que o número de alunos infantis que apresentam distúrbios de aprendizagem passe dos 40%. Com esses dados, o caso, então, requer e muita a atenção dos pais, responsáveis e profissionais que lidam com a criança.

Muitos pais porém, ao verem o baixo rendimento escolar do filho ou mesmo percebendo algumas dificuldades da criança em tarefas do dia a dia, deixam passar por desapercebido a situação da criança!

A psicopedagoga e psicomotricista Luciana Brites, do Instituto NeuroSaber  lista neste material, algumas das principais dúvidas de pais, responsáveis e profissionais referentes aos transtornos de aprendizagem.

Como lidar com a dificuldade de aprender ou memorização de atividades?

Todos nós somos suscetíveis às dificuldades, seja ela a de falar em público, expressar-se através da escrita e até mesmo lembrar conceitos e nomes. Todos esses aspectos também estão ligados à fase da infância, sobretudo no que diz respeito aos episódios que podem afetar muitas pessoas em idade escolar.

Por que as crianças não conseguem memorizar?

Não existe uma resposta para isso, mas algumas possibilidades que podem levar alunos a encontrarem obstáculos para aprender ou memorizar. Uma das linhas mais abordadas nesse cenário segue para os distúrbios de aprendizagem. Entretanto, é aconselhável observar por algum período o comportamento do pequeno.

Meu filho realmente não aprende porque tem dificuldade em alguma matéria

Se o motivo das preocupações for este, é necessário estabelecer algumas estratégias que visem dar à criança uma margem maior para o aprendizado, por exemplo. Aulas de reforço e uma rotina diária de tarefas, acerca da disciplina que motiva essa situação, são os mais indicados.

Outras soluções para driblar a dificuldade de aprender ou a memorizar

– Fazer paródias com o conteúdo pedagógico: a música pode ser uma excelente forma de memorização e aprendizado;

– Pequenos fragmentos: se a criança estiver com problemas para lembrar alguma palavra, cole post-it (papel de recados) em cantos que podem ser vistos pelo pequeno. Isso pode aumentar sua capacidade para fixar o conteúdo. Ex: algum idioma novo, algum conceito, etc.

E quando a dificuldade é motivada por algum distúrbio, o que fazer?

Nesses casos, o pequeno realmente vai precisar de um acompanhamento interdisciplinar, pois somente uma equipe de especialistas tem a missão de oferecer terapias que consigam estabelecer intervenções próprias para a demanda do aluno. O distúrbio de aprendizagem pode ser o mais provável.

É interessante saber quais são os principais:

Discalculia

discalculia é quando a criança tem dificuldade de aprender tudo que esteja direta ou indiretamente ligado a questões que envolvem números, como probleminhas, aplicações e conceitos matemáticos.

Disgrafia

disgrafia ocorre quando o aluno apresenta dificuldade na elaboração da linguagem escrita. A criança pode encontrar dificuldades para desenvolver suas habilidades na área mencionada e que, em muitos casos, pode vir acompanhada de uma dislexia.

Hiperatividade

Muito falada na sociedade e, na mesma intensidade, levada a equívocos por parte do senso comum, a hiperatividade é marcada pela falta de atenção. A criança hiperativa não consegue prender a atenção em tudo e também quer realizar várias tarefas ao mesmo tempo. O hiperativo é muito agitado e não consegue ficar parado.

Déficit de atenção

Esse déficit é caracterizado pela falta de atenção, mas não é algo voluntário. Lembre-se que isso também é um distúrbio de aprendizagem. Nesse caso, a criança não consegue fixar sua atenção ao que está sendo ensinado.

Tratamentos

Como mencionado anteriormente, as intervenções devem ser aplicadas por profissionais de áreas diversificadas, como educadores, psicopedagogos, psicólogos, entre outros. Somente dessa maneira, a criança tem a chance de alcançar objetivos pedagógicos satisfatórios.

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