Tempo de tela é vinculado a atrasos de fala
12 de fevereiro de 2018
Por Dr. Moises Chencinski*, pediatra e homeopata
Uma nova pesquisa, apresentada durante a Reunião de Sociedades Acadêmicas Pediátricas, sugere que quanto mais tempo as crianças menores de 2 anos gastam jogando em smartphones, tablets e outras telas, mais provável será que comecem a falar mais tarde
Como o número de telefones inteligentes, tablets, jogos eletrônicos e outras telas portáteis continua a crescer, algumas crianças começam a usar esses dispositivos antes de começar a falar. Uma nova pesquisa, apresentada durante a Reunião de Sociedades Acadêmicas Pediátricas, sugere que essas crianças podem estar em maior risco de atrasos na fala.
Os pesquisadores apresentaram os resultados de um estudo sobre o tema que incluiu 894 crianças entre as idades de 6 meses e 2 anos, em Toronto, Canadá, entre 2011 e 2015.
Aos de 18 meses, 20% das crianças tinham um uso médio diário de dispositivos portáteis de 28 minutos, de acordo com seus pais. Com base em uma ferramenta de rastreamento para o atraso da linguagem, os pesquisadores descobriram que quanto mais tempo de tela o pai relatava, mais provável era que a criança apresentasse atrasos expressivos na fala.
Para cada aumento de 30 minutos no tempo de tela, os pesquisadores descobriram um risco aumentado de 49% de atraso expressivo da fala. Não houve ligação aparente entre o tempo de tela e outros atrasos de comunicação, como interações sociais, linguagem corporal ou gestos.
“Os dispositivos portáteis, atualmente, estão em toda parte. Embora as novas diretrizes pediátricas sugiram limitar o tempo de tela para bebês e crianças, acreditamos que o uso de smartphones, tablets e computadores por crianças pequenas tornou-se bastante comum. Este é o primeiro estudo que relata uma associação entre tempo de tela portátil e aumento do risco de atrasos na fala”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).
Para o médico, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo, os resultados apoiam uma recente recomendação da Academia Americana de Pediatria e outra da Sociedade Brasileira de Pediatria que desencorajam o uso de qualquer tipo de mídia digital por crianças menores de 18 meses.
“Mais pesquisas são necessárias para entender o tipo de conteúdo e atividades que os bebês estão envolvidos para explorar os mecanismos por trás do aparente vínculo entre o tempo de tela e o atraso na fala”, afirma o pediatra.
*Dr. Moises Chencinski
Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com título de especialista em pediatria pela Associação Médica Brasileira (AMB).
Formado pelo CEPAH – Centro de Pesquisa e Aperfeiçoamento em Homeopatia com título de especialista em homeopatiapela Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB).
Presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo (2016 / 2019).
Membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
Autor do blog Eu apoio Leite Materno.
Site: http://www.drmoises.com.br
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Tags: Fala, saúde, smartphones, tablets, tecnologia, Telas
Sou da Área da Educação e da Educação Física.
Primeiro ouvi na Rádio CBN uma Médica comentando sobre o aumento de crianças OBESAS em Países mais desenvolvidos e mais especificamente em nosso País.
Em relação as crianças OBESAS é preciso a união dos governos, com Políticas Públicas Educacionais com participação de vários profissionais, principalmente dos PAIS é fundamental no combate a obesidade infantil. Como também a participação médica, reeducação alimentar, exercícios físicos de forma lúdica e etc.
Penso que a evolução Tecnológica é importante e pode mudar a cabeça desta e das novas gerações. Por outro lado não vai substituir a importância do exercício físico para a manutenção da saúde, porque o ser humano necessita de movimento para manutenção da saúde. É de responsabilidade de país e responsáveis ficar atentos e monitorar o uso estes aparelhos pelos seus filhos. Para que não queimem etapas de desenvolvimento. Usem com inteligência para não ter sérios prejuízos a SAÚDE, como foi citado neste SITE em pesquisa realizada no CANADÁ, com o olho na tela e o atraso na fala. Observação: a tela não substitui a importância do calor humano na força da interação social.
Os primeiros anos na vida de uma criança são fundamentais para um futuro equilibrado no meio social, porque até os sete anos de idade a personalidade da criança está praticamente desenvolvida.
A EDUCAÇÃO TEM A FORÇA DA TRANSFORMAÇÃO, TANTO DO INDIVÍDUO COMO DA NAÇÃO.