Papo de Mãe

Pediatra ensina quando os filhos já podem ficar com um cuidador

Roberta Manreza Publicado em 07/10/2017, às 00h00

Imagem Pediatra ensina quando os filhos já podem ficar com um cuidador
7 de outubro de 2017


Especialista conta a idade ideal para os pais deixarem o filho com um cuidador e ensina cuidados importantes

Viagens de trabalho, compromissos e até mesmo festas podem ser motivos para os pais deixarem o filho pequeno com alguém para cuidar. Mas qual a idade certa? Com quantos anos e de que forma deve-se deixar o filho com uma babá ou os avós, por exemplo? Segundo Dr. Clay Brites, neuropediatra e fundador do Instituto NeuroSaber, essas dúvidas são muito comuns. “É compreensível que os pais fiquem preocupados, e também é importante que eles tenham tempo para compromissos do casal que não envolvam a criança”, explica, destacando que não há uma idade específica em que os filhos podem ficar com alguém estranho. “Tudo depende da maturidade e da dinâmica familiar”.

Dr. Clay, no entanto, alerta que no período de aleitamento materno é importante que o bebê não fique sozinho. “E se a criança passa por um momento de instabilidade emocional ou carência, também é importante evitar que ela fique com alguém que não seja o pai ou a mãe”.

Idade de compreender

O médico explica que por volta dos 5 ou 6 anos a criança passa a ter maturidade para entender que vai ficar com alguém diferente do seu cuidador principal. “A partir dessa idade, você já pode explicar para a criança por que ela vai ficar em casa, a que horas ou dia ela voltará e que em caso de necessidade seu telefone estará disponível”, conta o especialista. “Esta previsibilidade reduz a ansiedade e a criança passa a se sentir segura nas próximas vezes que terá que permanecer com uma babá, os avós ou outro cuidador temporário”, completa, citando os cuidadores mais comuns citados pelos pais.

Dr. Clay também alerta para a pessoa que irá cuidar da criança durante o período de ausência dos pais. “Pode ser qualquer pessoa que tenha experiência e esteja habituado a cuidar de crianças”, ensina. Questionado sobre o período que os pais podem ficar ausentes, o médico também destaca que não existe uma regra, mas se baseia em sua própria experiência em consultório. “Evite se ausentar por mais de uma semana. Tenho observado mais ansiedade em crianças que ficam sem seus cuidadores principais acima deste intervalo”, sugere. Por fim, o especialista indica os 7 passos para que as crianças fiquem bem com o cuidador.

Regras que devem ser passadas ao cuidador da criança:

1- Peça para o cuidador estar em constante vigilância;

2- Ligue o alerta: criança muito quieta pode estar aprontando;

3- Destaque para “a babá” que a criança não deve circular na cozinha e outros cômodos com perigos de acidente doméstico;

4- Antes de sair, esconda medicações, venenos, materiais de limpeza e talheres pontiagudos;

5- Exija que o cuidador mantenha a mesma rotina da casa;

6- Peça para que o cuidador observe problemas de comportamento que chamem a atenção e faça o alerta no momento certo;

7- Mostre qual a rotina de sono e alimentação, e conte quais os brinquedos preferidos para que a criança fique à vontade.

Dr. Clay Brites  é pediatra e neuropediatra formado pela Santa Casa de São Paulo, vice-presidente da Abenepi Capítulo Paraná; Pesquisador do Laboratório de Dificuldades e Distúrbios da Aprendizagem e Transtornos da Atenção. Docente do curso de especialização de Neuropsicologia à Neurologia Infantil da Unicamp e membro do Departamento de Neurologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Instituto NeuroSaber

Tem como missão, levar conhecimento sobre Aprendizagem, Desenvolvimento e Comportamento da Infância e da Adolescência, tendo como base profunda fundamentação teórica, com uma linguagem simples e um grande diferencial: aplicabilidade prática, para pais, avós, tios, professores e profissionais liberais da área.

www.neurosaber.com.br




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